sábado, 12 de agosto de 2023

FATOR INTEGRANTE

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Olá! É sempre um prestígio ter você aqui.

Nesta publicação, você aprenderá a resolver uma equação diferencial linear de primeira ordem por meio de fator integrante.

Uma equação diferencial linear de primeira ordem tem a forma:

dy dt + p ( t ) y = q ( t )

(1)

Na EDO (1), p e q são funções contínuas.

O que você precisa se lembrar é da regra de produto para derivação. Isto é:

[ μ . y ] ' = μ y ' + μ ' y

(2)

Observando a equação (1), não vemos a forma da equação (2). Por isso, tomaremos uma função genérica µ. Assim, a equação (1) torna-se:

μ dy dt + μ p ( t ) y = μ q ( t )

(3)

Vamos considerar agora que a equação (3) teve origem na regra do produto mencionada acima. Neste caso, quem seria a derivada de µ? Muito bem!

μ ' = μ p ( t )

(4)

Perceba que agora temos uma equação separável, muito fácil de resolver. Acompanhe:

μ ' μ = p ( t ) ln | μ | = p ( t ) dt + C 0

(5)

Poderíamos considerar nula a constante C0 que aparece do lado direito da equação (5) e dizer que queremos uma função que satisfaça as condições necessárias e seja o mais simples possível. Mas você poderá ver que essa constante se perde no final de qualquer forma.

Lembre-se de que queremos isolar µ, então, aplicamos a função exponencial a ambos os membros da última equação em (5).

| μ | = exp ( p ( t ) dt + C 0 ) = exp ( C 0 ) exp ( p ( t ) dt )

(6)

O membro mais à direita de (6) vem diretamente da regra que diz que, no produto de bases iguais, somam-se os expoentes.

Podemos considerar uma constante C1 = ±exp(C0). Assim:

μ = C 1 exp ( p ( t ) dt )

(7)

Trocando o primeiro membro da equação (3) pelo primeiro membro da equação (2), temos:

[ μ y ] ' = μ q ( t )

(8)

Integrando a equação (8), temos:

μ y = μ q ( t ) dt + C 2

(9)

Antes de substituir µ, vamos isolar y, que é a função procurada.

y = 1 μ μ q ( t ) dt + C 2 μ

(10)

Vamos substituir a µ encontrada na equação (7) em suas posições correspondentes na equação (10), ficando com a expressão:

y = C 1 exp ( p ( t ) dt ) q ( t ) dt C 1 exp ( p ( t ) dt ) + C 2 C 1 exp ( p ( t ) dt )

(11)

Você deve se lembrar de que uma constante após o símbolo da integral pode ser escrita antes desse símbolo (pois a integral é, em sua origem, uma soma, portanto, a constante pode ser “colocada em evidência”). Isso permite que dividamos C1 por C1, no primeiro termo da soma na equação (11). Além disso, podemos chamar o quociente C2/C1 de C. Finalmente, temos nossa expressão final:

y = exp ( p ( t ) dt ) q ( t ) dt exp ( p ( t ) dt ) + C exp ( p ( t ) dt )

(12)

Para tornar a expressão de y, em (12), mais amigável, façamos:

p ( t ) dt = P e exp ( p ( t ) dt ) = e P

(13)

Com isso, podemos reescrever (12) na seguinte forma:

y = e P q ( t ) dt e P + C e P

(14)

Alternativamente:

y = e P e P q ( t ) dt + C e P

(15)

Desejo a você uma excelente aprendizagem!, pois aprender é a nossa melhor habilidade.

Clique aqui para ver o vídeo!

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sábado, 5 de agosto de 2023

MÉTODO DA BISSEÇÃO EM PLANILHAS DE CÁLCULO (EXCEL, CALC, PLANILHAS GOOGLE)

 Olá! É sempre um prestígio ter você aqui.

Nesta publicação você aprenderá o que é método da bisseção e como determinar uma raiz de uma função contínua.

O método da bisseção é um dos mais conhecidos entre os métodos intervalares de determinação de raízes de equações transcendentes.

Esse método numérico consiste em encontrar um intervalo contendo uma raiz da equação sob estudo, digamos [a. b], e assumir que a raiz é o ponto médio desse intervalo. É verificado, então, se os valores da função em um dos extremos e no ponto médio têm sinais diferentes.

Digamos que f(a) e f(ponto médio) têm o mesmo sinal. Como a raiz estava entre a e b, concluímos que está entre o ponto médio e b. Repetimos o procedimento nesse novo intervalo (que mede metade do original), ganhando um intervalo que mede metade do último. O processo segue desse modo até que um critério de parada seja atingido.

Na planilha, organizamos as linhas e as colunas, conforme a figura:



Em C3, temos a fórmula 

=(A3+B3)/2

Isto é o ponto médio.

O valor funcional em x (ponto médio) e em a (extremo direito do intervalo) são computados por:

=C3^2-C3-6

=A3^2-A3-6

O critério de parada é avaliado na última coluna, onde aparece Parar ou Seguir, conforme o critério seja ou não atendido:

=SE(B3-A3<$F$1;"Parar";"Seguir")

A partir da segunda linha, abaixo do intervalo original, temos uma fórmula para decidir se o extremo a segue com o valor original ou se será trocado pelo valor de ponto médio:

=SE(D3*E3<0;A3;C3)

A verificação para o extremo b pode ser feita simplesmente por:

=SE(A4=C3;B3;C3)

As fórmulas das colunas de C a F pode ser copiadas, usando a alça de cópia. Apenas o valor de F1 está fixado ($F$1), sendo as demais células atualizadas para a linha acima da que recebe a cópia (não é uma cópia no sentido original, pois as fórmulas se adaptam à nova linha)

A partir da segunda linha, podemos copiar com a alça de cópia até que o critério de parada seja encontrado.

Fizemos um vídeo mostrando o procedimento.


Caso queira ver um exemplo usando o Scilab, clique aqui.

Desejo a você uma excelente aprendizagem, pois aprender é a nossa melhor habilidade!

Qual é a sua estratégia para aprender?

 Olá! É sempre um prestígio a sua visita. Esta publicação tem como objetivo conhecer melhor a estratégia para aprender dos internautas, como...